sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Headshot!!



Eu queria ter postado este texto antes, mas problemas de caráter monográfico me impediram. Finda a monografia, publico este meu comentário a respeito de mais uma infeliz decisão da justiça brasileira.


Com decisão do juiz federal Carlos Alberto Simões de Tomaz, da 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais, a venda do jogo Counter-Strike ficou proibida em todo território brasileiro, cujo recolhimento dos jogos depende da decisão do Procon de cada estado.

Escrevo não como um fã do jogo indignado com a proibição, tanto porque já tenho ele instalado em meu computador, mas como um cidadão decepcionado com as mancadas que a justiça brasileira dá de vez em quando.

A justificativa da proibição é que o jogo "virtualiza" a guerra entre policiais e traficantes, com violência realista. Ademais, ensina táticas de guerrilha. Tais características são nocivas à crianças e adolescentes, cuja personalidade está em formação.

No meu modo de pensar - que, diga-se de passagem, destoa bastante da cultura jurídica brasileira - o simples fato do jogo ser classificado como impróprio para menores já resolveria a questão, ficando o encargo de não permitir que o jogo alcance os menores para seus respectivos pais.

Mas com a justiça colocando o seu dedo nesta relação de consumo, impondo mais uma proibição num país já afogado em tanta censura, pode o poder judiciário estar dando um tiro no próprio pé - ou um "team kill". Creio que o juiz autor da decisão, com a devida venia, cometeu um grande equívoco. Ao proibir que a empresa Eletronic Arts coloque o jogo a venda em território brasileiro, revelou sua total ignorância sobre o acesso a este jogo por download, mediante pagamento via cartão de crédito ou até mesmo Paypal. Ainda, não elencou medidas a serem tomadas por quem já possui o jogo, principalmente Lan Houses. Além disso, baseou sua decisão no mapa "cs_rio", um mapa que simula uma guerra entre policiais e traficantes em uma favela do Rio de Janeiro, sem levar em conta, entretanto, que este mapa não é oficial, mas sim uma modificação feita por usuários brasileiros, sem a autorização da produtora do jogo.

Tais erros demonstram - inclusive para o mundo, porque afetou uma empresa estrangeira - que a justiça brasileira faz proibições e censuras sob argumentações frágeis e equivocadas. Todo o trabalho que temos de mostrar nossa "democracia avançada" para o mundo através da nossa "votação eletrônica" é perdido por decisões insensatas de grande repercussão e pouca efetividade.

Se tal decisão abrisse precedentes, então poderíamos nos preparar para a proibição da venda de qualquer jogo que seja inadeqüado para menores. E mais, poderiam também proibir a venda de bebidas alcoolicas, afinal, quem é que não conhece um menor que bebe? Nem mesmo Playboys encontraríamos nas bancas, para evitar que os pré-adolescentes tenham contato com "material impróprio".

E como se o tiro tivesse saído pela culatra (ou a HE tivesse voltado na própria cabeça), conheço muita gente que correu para as lojas para comprar o jogo antes que não fosse mais possível. Vamos todos jogar o Jogo Proibido, afinal, tudo que é proíbido é realmente mais gostoso!!

Um comentário:

O rapaz dos quadrinhos disse...

Sobre seu comentario em meu blog.
Obrigado por comentar, volte sempre e visite meus quadrinhos quando puder, é sempre postado um quadrinho novo por dia ( o de hoje sai pelas 9h).
SE eu desenho no paint?
NAO! nao existe uma pessoa em sa conciencia que consiga desenhar bem no paint.
Sobre seus quadrinhos:
Va em frente, faço os seus, só que nao recomendo o paint para faze-los.

uma dedicatoria a vc
http://bp3.blogger.com/_
Cd1cmxK76Ns/R6dliAIirwI/AAAAAAAAALA/
xgpuqslv09M/s1600-h/eu+e+o+nanico+no
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(o link t aparcelado mas se juntar tudo, vc conegue abrir)


www.meusquadrinhos.blogspot.com volt sempre!